''Cada um tem seu destino, e o da gente é diferente do destino dos pariwat. É importante que a gente mantenha nossos valores frente ao mundo dos brancos. É preciso continuar os estudos, é! Mas do jeito que a gente precisa, de acordo com nossas necessidades, nossos interesses. Ninguém precisa de rapaz e moça que estuda na cidade e acaba não sabendo fazer nada na aldeia. '' (Rafael Manuhari, Professor indígena).
População Munduruku - aproximadamente 8.000 pessoas
Escolas de Ensino Fundamental - 42
Alunos – 3.200
Alunos – 210
Áreas de formação – Magistério, Técnico de Enfermagem, Técnico Agroecologia
OBJETIVOS DO PROJETO
Implantar o ensino médio integrado à educação profissional garantindo a educação básica, de acordo com as especificidades sócio culturais, econômicas, históricas e lingüísticas do povo munduruku, atendendo as necessidades diante do mundo do trabalho e suas relações conforme o contexto da região em que se encontra esse povo
Eixo estruturante
Direitos indígenas e cultura munduruku
Eixos integradores da matriz curricular
Linguagens e Comunicação no contexto das relações entre índios e não índios
Identidade e Diversidade na sociedade contemporânea
O valor e uso dos etnoconhecimentos no contexto atual.
O Projeto tem como princípio metodológico a articulação da pesquisa ao ensino, buscando a construção de um diálogo com base na interculturalidade e intercientificidade.
Para a implantação do Projeto Ibaorebu de Médio Integrado Munduruku aconteceram várias discussões com a participação da comunidade, professores munduruku, e técnicos (ver alguns relatórios no link ao lado)
Reunião realizada na ultima etapa do curso de Formação de professores munduruku – setembro de 2004, aldeia Sai Cinza.
Reunião para discussão da Implantação do Projeto de Ensino Médio Munduruku – Aldeia Sai Cinza, dezembro de 2005.
Reunião com representantes munduruku, MEC, FUNAI, SEDUC, setembro de 2005. Quando foi apresentada a primeira versão do Projeto e as instituições se comprometeram em trabalhar em parceria para iniciar o projeto até o julho de 2007.
Nesta reunião foi formada uma Comissão de representantes munduruku para participar das discussões do Projeto.
Durante o processo de discussão em 2006 foram realizadas 03 reuniões técnicas nos meses de outubro, novembro e dezembro com a Comissão, representantes do MEC, SEDUC, Funai e Conselho de Educação do Estado.
- Em 2007 foram realizadas duas reuniões de trabalho, nos meses de maio e outubro, nas cidades de Belém e Itaituba.
Comissão de representação
Representante da Associação Pusuru – Emiliano Kirixi
Representante da Associação Pahyhyp – Deusivaldo Saw
03 professores – Misael Kabá, Zenildo Saw,Adonias Kabá
As atividades e encaminhamentos realizados em 2007 e 2008
O Projeto foi encaminhado para o Conselho em fevereiro de 2007.
- Em 2007 foram realizadas três reuniões que definiram encaminhamentos, critérios de participação, estrutura de funcionamento, etapas de acompanhamento etc.
- No final de abril – na SEDUC e em Itaituba, com representantes, em setembro novamente com representante indígenas quando foi definida a data para a etapa inicial.
- Reunião de Trabalho realizada em setembro de 2007, em Itaituba para planejar a etapa inicial de 26 de novembro a 07 dezembro de 2007
Realização da Etapa Inicial – novembro-dez 2007 Orientação e elaboração de projetos de pesquisa para subsidiar a construção temática do currículo dos cursos.
Etapa de acompanhamento das pesquisas e estudos dos alunos – nos núcleos do Sai Cinza-Rio das Tropas, Katõ, Apompu-Teles Pires e Missão Cururu. Existem 32 grupos de pesquisa. março de 2008 (ver quadro com grupos de pesquisa).
Reunião de Avaliação e Planejamento da 1ª. Etapa do Tempo Escola, maio, em Belém. (ver relatório).
Estrutura de Funcionamento do Curso
Locais – Missão Cururu e Sai Cinza
Como vai funcionar
O curso é de caráter modular e funciona com o seguinte formato
Tempo Escola - etapas intensivas
Tempo comunidade
Mesa de saberes (dentro do tempo comunidade)
Como está funcionando
Tempo Escola – 2 Etapas intensivas de 30 a 40 dias
Tempo comunidade – período de Estudos e pesquisas dos alunos.
- Mesa de saberes – alunos, mestres da cultura, comunidade e monitores discutem e estudam juntos
- Acompanhamento para orientação dos estudos e pesquisas – 7 a 10 dias em cada núcleo de acompanhamento.
Plano de Implantação - Infraestrutura
Serão necessários para a consolidação dos Cursos
Biblioteca,
laboratórios (básico e de informática)
alojamentos
Parcerias a serem construídas – Coordenação de Educação da FUNAI, SEDUC- Pará, Escola de Produção e Trabalho, CEFETs, Ministério da Saúde, Departamento de Meio Ambiente e Departamento de Etnodesenvolvimento da FUNAI,INPA, UFPA, UnB,UEPA.
DESAFIOS
Para alcançarmos os objetivos do Projeto e contribuir para o projeto de autonomia do Povo Munduruku temos vários desafios, entre eles estão
Quebra de paradigma do atual modelo de escola
Diálogo de saberes – conhecimentos tradicionais munduruku e técnico-científicos.
Certificação – Criação de Escola de Educação Básica Munduruku
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